O que me motivou a escrever este
trabalho foi, em primeiro lugar, o desejo de organizar as minhas
próprias experiências, enquanto professor e como Orientador de
Estágio Pedagógico, primeiro com alunos da Universidade
Católica, depois com alunos da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa; em segundo lugar, por verificar que faz
sentido incluir num só texto temas que encontramos dispersos por
várias obras, mas que constituem um todo que se traduz na
Organização e Desenvolvimento
Curricular.
Esta obra destina-se, em primeiro lugar, aos Licenciados que
ingressam nos estágios, com vista à sua profissionalização, quer
em actividades na Universidade, quer nas escolas: estágio
pedagógico; aos alunos das Licenciaturas em ensino, aos alunos
das Escolas Superiores de Educação, professores para o Ensino
Básico. Em segundo lugar, destina-se a todos os Professores que
pretendam ter à mão um instrumento de trabalho que,
eventualmente, lhes possa ser útil em situações específicas da
sua prática lectiva.
A
abordagem temática envolve a actividade docente nas suas
múltiplas dimensões do «Sistema Educativo».
O
Desenvolvimento do Processo Curricular
constitui a parte central do presente estudo, faz a abordagem,
passo-a-passo, da «Planificação do Processo de
Ensino/Aprendizagem». A partir do desenvolvimento destas
tarefas, trata-se da «Implementação do Processo Curricular»:
tarefas a desenvolver para que a prática lectiva não se torne
num pesadelo, como por vezes acontece.
Reflecte-se: 1) sobre as características dos alunos: que é
preciso conhecer, e como recolher essa informação; 2)sobre o
modo de adaptar o currículo à realidade concreta ―
as turmas que são distribuídas aos docentes; 3) a organização e
condução da lição também fazem parte destas preocupações; sobre
a «Visita de Estudo»: actividade nem sempre muito considerada
nas planificações.
A
«Avaliação da Aprendizagem» (provavelmente, a tarefa mais
difícil que o docente tem de realizar): quando e para quê
avaliar, qual a função da avaliação, que tipos de avaliação
efectuar, como construir os instrumentos de avaliação, com que
objectividade e justiça avaliamos os nossos alunos, que rigor
imprimimos à classificação final dos alunos?
A Inovação Pedagógica é uma
exigência que não pode ser ignorada. O professor do nosso tempo
não pode ficar “agarrado” a preconceitos, tem que olhar para a
novidade e
integrá-la no seu quotidiano profissional. Dar atenção às
novas exigências da denominada «Sociedade de Informação e novas
tecnologias» e integrá-las na educação é já inovar a prática
lectiva. O docente tem que estar atento à novidade, se não quer
ser ultrapassado pelos seus próprios alunos. |